sexta-feira, 27 de julho de 2007

Mentira e traição

Tem coisas que a gente acha que só acontece em filme. Algumas maldades eu achava que só podiam existir na cabeça de escritores, autores de novela ou de cinema. Por exemplo, gente que mente por compulsão, que tem coragem de enganar e trair com a cara mais lavada do mundo, que faz isso e ainda acredita que está certo. Talvez eu tenha tido a sorte de não ter vivenciado sofrimentos terríveis durante praticamente a minha vida toda, só algumas situações difíceis que não fogem ao padrão. Tudo bem, já me disseram que eu fui muito protegida, por isso acredito que todo mundo é legal até prova em contrário. Deve ser isso mesmo.

Mas não é que esta semana descobri que gente maluca existe na vida real mesmo? Gente que sabe que está fazendo o outro sofrer e mesmo assim continua causando mal, de forma consciente? Insiste no erro? Impressionante! Gente capaz de achar que foi legal com uma pessoa que enganou de forma covarde, que fez sofrer além de qualquer limite? Gente que diz que não mentiu apesar de sempre ter inventado mil histórias para justificar todas as suas traições? Gente que afirma que vai continuar mentindo até o final, mesmo sabendo que essa é a causa do sofrimento da pessoa com quem divide o teto? Pois é...

Ainda assim, continuo dando o benefício da dúvida a essa criatura. Recuso-me a acreditar na existência da maldade pura e simples. Na minha opinião, só uma pessoa doente, mas muito doente mesmo, pode fazer tudo isso e achar que não está fazendo nada de errado. Mas há um lado bom nessa história sórdida: como não existe luz sem escuridão, as pessoas boas, de verdade, ganham ainda mais valor quando nos deparamos com esse tipo de gente louca. Otimista que sou, ver e sentir a loucura de tão perto me faz ser ainda mais grata pelas pessoas maravilhosas que tenho ao meu redor.

Pobres coitados não somos nós, os enganados e traídos. Pobre coitada é essa criatura louca, que vai continuar infeliz a vida toda, porque não sabe fazer outra coisa a não ser causar sofrimento justamente àquelas pessoas que se dispõem a dar a ela o melhor de si.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

O que é o amor

Amor. Uma das palavras mais faladas pela humanidade. No entanto, é uma das mais esvaziadas de sentido. O que significa, na realidade? Será que sabemos de verdade? Chamamos de amor uma porção de sentimentos que não têm nada a ver com amor. Na maior parte das vezes, confundimos amor com paixão. Só que paixão tem tempo certo para acabar e, em diversas ocasiões, transforma-se em ódio. Amor não termina. Amor não dá lugar a sentimentos ruins. Amor permanece. Amor fica guardado no fundo do coração, sempre, mesmo que as pessoas amadas vão embora, mesmo que não sejam perfeitas, mesmo que virem apenas amigos. O amor sobrevive às tempestades da vida.