O julgamento do STF sobre o uso de embriões para as pesquisas com células-tronco tem causado polêmica. Como sempre, ressurge a eterna briga entre os defensores da ciência e da religião.
Na minha opinião, a questão é muito simples. O ponto aqui não é a eterna discussão sobre quando começa a vida. cada um, conforme sua crença, pode ter uma opinião diferente, já que não há evidências científicas irrefutáveis sobre o tema. O que está em jogo é o direito ao livre-arbítrio - princípio aceito e professado pela maioria das religiões. Se cada um tem direito a escolher o caminho que quiser, por que, num Estado laico como é o Brasil, temos que obrigar a todos a seguir uma crença?
Não sou a favor do aborto, ao contrário. Mas, da mesma forma, não sou a favor de impor os princípios da minha religião a quem quer que seja. Para mim, é isso o que deveria ser discutido. Se há pessoas que não acreditam em Deus, por que eu deveria impor a elas regras que não têm nada a ver com o que acreditam?
Se uma pessoa que sofre de uma doença degenerativa e sua consciência está tranquila com o fato de a cura para seu sofrimento vir de pesquisas realizadas com células tiradas de embriões que seriam descartados, que direito tenho eu de dizer que ela não pode ser beneficiada por esses estudos?
Eu também não concordo com a idéia de realizar fertilização in vitro. Da mesma forma como não realizaria um aborto, nunca me submeteria a um tratamento para engravidar. Com certeza, optaria pela adoção caso não pudesse ter tido minha filha de forma natural. E isso me daria o direito de impedir dezenas de casais de tentar realizar o sonho de ter um filho biológico?
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