Ontem, voltando para casa pela avendia Rebouças, uma das mais movimentadas de São Paulo, dei de cara com a cena mais bizarra que já vi no trânsito da cidade: um carro com apenas duas rodas no chão; por baixo dele, outro automóvel. Não parei para ver o que tinha acontecido, mas com certeza não se tratava de um malabarismo ou um evento qualquer. Pelo local do "acidente" - o final da alameda Lorena, onde não há farol e duas faixas viram uma para dar acesso à Rebouças -, os carros acabaram engalfinhados porque os dois resolveram desafiar uma lei básica da física e decidiram ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo.
E ali, por volta das 19 hs, em pleno horário do rush paulistano, foi erigido um monumento inusitado ao egoísmo e à bárbarie que impera no trânsito paulistano. Se os motoristas não são capazes sequer de dar passagem a um outro veículo, mesmo tendo plena consciência do risco de acidente, não é de estranhar que um motorista atropele uma pessoa em plena avenida Nove de Julho e fuja sem prestar socorro.
Com certeza, as pessoas estão se desumanizando ao entrar dentro de seus automóveis. "Vestem-se"com suas máquinas e passam a enxergar o outro não como ser humano, mas como uma coisa também. E, assim, acham-se no direito de fazer qualquer coisa - o que, infelizmente, inclui ferir e matar impunemente.
É, acho que é o fim do mundo mesmo. Socorro!
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