Quem não bebe sabe bem: não existe pressão maior do que a dos "amigos" para que a gente se encha de álcool em qualquer encontro ou festinha. O abstêmio é tratado como um ET. "Vai beber água, refrigerante?", como se essas bebidas fossem arsênico ou veneno para ratos. Fora a cara de gozação... E o pobre que não bebe se sente o mais careta e deslocado dos seres.
E não adianta as milhares de pesquisas e reportagens mostrando que o álcool é um veneno, que mata silenciosamente em alguns casos (destruindo coração, cérebro e muitos outros órgãos) e com estardalhaço em outros, já que é a principal causa de homicídos e acidentes de trânsito.
Não que eu seja contra beber um vinho ou uma cerveja de vez em quando. Ao contrário. Adoro comemorar com champanhe os momentos importantes da vida, tomar uma taça de vinho para acompanhar uma refeição especial ou tomar um chopinho com os amigos. Sou contra a pressão daqueles que acham necessário e engraçado encher a cara em qualquer ocasião e ainda pressionam os amigos (serão amigos mesmo?) a segui-los nessa busca insana e vazia por uma alegria falsa, porque ela não existe quando estão sóbrios.
Sou contra aqueles que tentam forçar quem não quer ou não pode beber a acompanhá-los no álcool. Sou contra quem não respeita o desejo do outro de ingerir algo que não lhe faça mal. Sou contra aqueles que, vendo alguém triste ou deprimido, oferecem bebida para "levantar o astral", quando isso só o leva mais ao fundo do poço - senti na própria pele. Sou contra aqueles que, mesmo sabendo que uma pessoa não pode beber por não ter controle, estimulam que beba, oferecem mais drinques e ainda a deixam pegar o carro para voltar, sabe Deus como, para casa - ou se esborrachar no primeiro poste que surgir à frente, isso se não matar um pobre desavisado que cruze seu caminho.
Vocês querem se embebedar e se matar? Vão em frente, meus caros alcoólatras disfarçados. Mas não levem mais gente com vocês, muito menos aqueles que vocês chamam de amigos. Amigo não leva a gente para o buraco. Amigo de verdade dá bronca e tira o copo da nossa mão quando percebe que a bebida só vai fazer estragos.
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