quarta-feira, 5 de julho de 2006

Anjos existem

Em uma época em que a razão é mais valorizada que a intuição e os sentimentos, acreditar em anjos parece coisa de criança. Seria mais ou menos a mesma coisa que acreditar em Papai Noel. Certo? Errado.

Eu tenho certeza que anjos existem. Já cruzei com vários deles pela vida. Eles já me apareceram de diversas formas: como mulheres, homens, crianças, idosos. Ao vivo, por carta, por telefone. Ultimamente, de acordo com os novos tempos, eles têm me encontrado pela internet. Claro, os anjos, como todos nós, têm que se adaptar às novas tecnologias. Só uma coisa não muda: a sua habilidade de aparecer sempre nas horas em que mais precisamos deles.

Toda vez que me sinto sem esperança, profundamente triste, eles aparecem para dar alento, para me confortar, para me mostrar que a vida vale a pena ser vivida, apesar de toda a dor, de todo o sofrimento, de todas as dificuldades. Que sempre há uma saída. E que, mesmo machucada, os meus atos, as minhas palavras, os meus sentimentos têm valor para as pessoas que eu amo e que me amam. E também para muitas que nem sabem da minha existência ou de quem eu não sei, mas a quem posso ajudar, mesmo à distância, mesmo sem querer.

Ontem foi um dia desses. Triste, infeliz, cheio de recordações dolorosas. Mas, como de costume, anjos me apareceram pela internet e me trouxeram de volta à luz. Dessa vez foram dois. Com seu carinho, com sua lucidez, me fizeram um bem enorme. É, eles não dormem no ponto mesmo. Ainda bem. Sorte minha, que consigo reconhecê-los na multidão.

Obrigada, meus anjos. Obrigada por cuidarem tão bem de mim. Obrigada por não me faltarem nunca.

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