O que está acontecendo com as pessoas? Que letargia é essa que toma conta de nós? O que faz com que demos importância a coisas fúteis e deixemos de nos manifestar sobre os temas que realmente são importantes?
Durante a Copa do Mundo, nós pintamos o chão de verde e amarelo, colocamos bandeiras nos carros, paramos de trabalhar para ver os jogos da seleção brasileira. O país se mobiliza inteiro para torcer pelo Brasil. Agora, quando bandidos nos impedem de ir ao trabalho, nos fazem ficar dentro de casa com medo, matam policiais, em mostra de desafio e de pouco caso com as autoridades e a população, não fazemos nada. Não saímos às ruas em protesto contra a falta de pulso do governo, as deficiências da Justiça, a corrupção que come solta nas mais altas esferas do poder e alimenta esse ciclo perverso de violência e impunidade.
Não podemos nos calar diante desse absurdo. Não podemos nos acostumar com o fato de que quem rouba, quem trafica e quem mata tem mais liberdade de ir e vir que nós, cidadãos comuns, que procuramos seguir as regras básicas da civilidade. Não podemos nos incomodar só quando o crime bate à porta de nossas casas. Vivemos em comunidade, o bem comum tem que prevalecer sobre os nossos interesses particulares.
Porque hoje os vidros blindados e as grades de nossas casas podem parecer suficientes, mas amanhã não serão mais. Se não nos indignarmos, se não nos preocuparmos, se não cobrarmos agora, é provável que em um espaço curto de tempo não tenhamos mais condições de sair às ruas, que o país esteja dominado pelo crime e pela barbárie. Então, estaremos perdidos, e nossa voz já não terá importância nenhuma. Será tarde demais.
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